Primeira viagem a Bariloche
Bariloche é um pedacinho da Suíça que foi parar na Argentina – e entende português. É no alto de seus morros (cerros, em castelhano) que realizamos o sonho da neve própria. No inverno, só dá a gente: a cidade vira Brasiloche. É um ótimo lugar para aprender a esquiar – mas é sobretudo o destino mais adequado para quem não esquia e quer apenas se divertir com a neve. Esquibunda, tubing, trenó motorizado: Bariloche não discrimina quem não está a fim de se equilibrar sobre um par de esquis ou uma prancha de snowboard.
A cidade é fofa, e os arredores, belíssimos – paisagens alpinas, com lagos azuis entre montanhas cobertas de neve no meio do ano, mas verdíssimas entre a primavera e o outono. Sim, Bariloche é linda até sem neve: o ano inteiro, a subida ao Cerro Campanário e a travessia de qualquer um de seus lagos renderá fotos deslumbrantes. Ao voltar dos passeios, as lojinhas de chocolate da calle Mitre sempre estarão à sua espera.
As belezas da região não se restringem a Bariloche. A 80 km, do outro lado do lago Nahuel Huapi (e já na província de Neuquén), Villa La Angostura atrai quem procura sossego e rusticidade. Sua estação de esqui, Cerro Bayo, é tida como uma estação-butique (um adjetivo que também cabe em um punhado de seus hotéis). Fora da temporada de neve, Villa La Angostura é o ponto de partida da Rota dos 7 Lagos, uma estrada de cascalho que funciona da primavera ao outono e leva a outro vilarejo encantador da região, San Martín de los Andes, à beira do lago Lácar. A estação de esqui de San Martín chega a ser mais conhecida do que a cidade: é a famosa Chapelco.
O Chile está pertíssimo. É fácil combinar Bariloche e Villa La Angostura com os lagos andinos chilenos (Puerto Varas, Puerto Montt, Osorno e região). E San Martín de los Andes faz uma ótima dobradinha com Pucón.